
27 jan A IMPORTÂNCIA NA QUALIDADE DA ALIMENTAÇÃO DE AVES, SUINOS E BOVINOS
O principal objetivo em ressaltar a qualidade da ração utilizada na alimentação de aves, bovinos e suínos, está diretamente relacionado ao valor nutricional de uma dieta balanceada, de qualidade e melhor ICA (Índice de Conversão Alimentar). Quanto melhor for a conversão alimentar para uma mesma dieta, menor será o custo da engorda. Portanto, a conversão alimentar, o ganho de peso e o custo da dieta, são fatores determinantes da eficiência econômica. Por isso, é necessário adequar e garantir as boas práticas de manejo em todas as fases da criação, iniciando na qualidade proteica dos grãos usados na ração, obtendo-se assim, melhor comercialização.
Seguem os principais produtos utilizados na alimentação animal e suas características:
– Aveia – da família das gramíneas, rústica e exigente em água. Cereal cultivado para a produção de grãos, também utilizado na alimentação animal. A aveia não é indicada para engorda. Costumeiramente mais indicada para a construção muscular e óssea; por isso bastante utilizada na alimentação de equinos.
Para as aves, devido ao seu alto teor de fibra, não é indicado mais 15% nas rações. Destaca-se entre os outros cereais seu teor e sua qualidade proteica, que variam de 12,40 a 24,50%, e por maior porcentagem de lipídios, que variam de 3,10 a 10,90%. Dentre as formas de fornecimento ao animal, destacam-se a aveia em flocos, aveia em grãos, aveia forrageira e aveia conservada na forma de feno.
– Milho – é um cereal desenvolvido em quase todo o mundo, muito utilizado em ração animal devido as suas qualidades nutricionais. Rico em energia e pobre em proteínas, principalmente a lisina. É considerado um alimento de parâmetros energéticos.
Os grãos podem ser oferecidos para bovinos em até 70% da ração, e para suínos e aves, a quantidade em até 80% da ração (moagem mais fina).
O milho é composto por 61% de amido, 19% de glúten, 4% de gérmen e 16% de água. As principais formas de amido são a amilose (27%) e amilopectina (73%).
Devido a sua alta concentração de amido, têm múltiplas possibilidades de utilização; desde a alimentação humana, animal até a produção de etanol.
Apresentaremos aqui, uma matéria específica sobre o uso do milho para produção de etanol.
Uma atenção especial na aquisição ou produção do milho, é na sua forma de acondicionamento para conservação. A tecnologia na extração da umidade (a utilização de secadores) é crucial para garantir a manutenção das qualidades proteicas e obter o rendimento na conversão em proteína animal (carne).
Existem secadores que causam danos aos grãos, deixando-os, com cheiro de fumaça além das quebras e irregularidade na umidade.
Para melhor compreender o que a tecnologia de alta performance deve proporcionar na secagem, acessem o site abaixo, e conhecerão o melhor e mais completo secador de grãos do mercado:
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SUBPRODUTOS DO MILHO:
– Palhada de Milho – é excelente para confecção de silagem, ideal para produção de forragem, além de possuir quantidade de açúcares para a produção de ácido lático, um composto orgânico muito importante para dieta dos ruminantes.
– Rolão de Milho – planta inteira moída, com alto custo de moagem, incluindo as espigas, tornando os grãos, ricos em nutrientes, e é utilizado como fonte volumosa na dieta de ruminantes.
– Milho desintegrado, Palha e Sabugo (do inglês “earlage”) – produto obtido pela moagem das espigas inteiras, sendo fonte energética dos ruminantes, apresenta menor valor nutricional do que o milho, porém, é rico em fibras. Muito utilizado em bovino de corte e para vacas de baixa produção. Composto de 70% de grãos de milho, 20% de sabugos e 10% de palha. Muito utilizado nos EUA e Canadá, onde é conhecido como “earlage”.
– Sorgo – pode ser fornecido aos animais na forma de forragem, silagem e grãos. Apresenta uma composição similar à do milho. Frequentemente utilizado para as vacas leiteiras e suínos, substituindo 100% do milho, devido ao seu baixo custo. Deve ser fornecido de forma triturada ou moído devido a sua baixa digestibilidade do grão inteiro. Na alimentação de aves recomenda-se substituir em até 50% do milho da ração e adicionar pigmento, tal como, pimenta vermelha, para coloração da carcaça e gema de ovo.
O sorgo, destinado a alimentação animal deverá ser isento de fungos, microtoxinas, sementes tóxicas, pesticidas e conter no máximo 1% de taninos.
– Mandioca – tubérculo que apresenta grande vantagem de utilização integral como alimento. O valor nutritivo do farelo de ramas e hastes desidratadas se aproxima ao da alfafa. Pobre em proteínas, necessitando em sua complementação, um concentrado energético. A raspa, possui ainda poder aglutinante, facilitando o processamento de rações.
– Arroz – trata-se de um cereal cultivado para a alimentação humana, porém, seu excedente, os grãos deficientes e a quirera de arroz, são muito utilizados para alimentação de poedeiras, suínos, caninos e bovinos. Apresentam menor valor nutricional e devido a quantidade de casca, podem ser fornecidas, moídas, em função de sua dureza.
– Farelo de Arroz e Trigo – recomendados para suínos nas fases pré-inicial e inicial, até 5% da ração e nas fases de terminação e reprodução, em até 30%. No caso das aves, recomenda-se 5% da ração, de 15% para poedeiras, e no caso dos ruminantes, o farelo de trigo poderá ser oferecido sem restrição.
– Milheto – espécie de grão que se encontra em teste como alternativa econômica, pois, produz grãos em abundância, com deficiência hídrica, em altas temperaturas, solos ácidos e com baixos índices de matéria orgânica. Apresenta excelente crescimento em curto período.
Por possuir proteína superior ao milho, o sorgo e o milheto estão sendo considerados como excelentes alimentos para monogástricos.
– Casca de Soja – pode chegar a 80% do valor energético e de fibra, estando bem acima do milho, pela sua alta palatabilidade, digestibilidade e produção de leite. Pode ser adicionada em dietas de vacas em lactação e bovinos de corte. Em suínos, na categoria de reprodução e terminação, tem gerado resultados positivos, com menor índice de poluição e reduzindo a emissão de Nitrogênio. Recomenda-se, para bovinos em até 20%. da MS (Matéria Seca) total da ração.
– Polpa Cítrica – é um subproduto da laranja após a extração do suco. Este ingrediente raramente é utilizado na dieta de suínos. Portanto, utilizado como alternativa devido ao seu baixo custo. É um excelente alimento para vacas de leite, não ultrapassando 30% MS da dieta.
– Melaço – subproduto da produção de açúcar, rico em açúcares, cálcio, magnésio, potássio, niacina e ácido pantatênico. Muito utilizado como palatabilizante na ração de bezerros. Para bovinos, o máximo recomendado, é 15% da matéria seca da ração; para suínos em até 20% da ração, e para aves, de 2 a 5% da ração.
– Cevada – substitui parcialmente o milho. Pode compor em até 60% do concentrado para vacas.
– Farinha de carne e ossos – apresenta-se como o subproduto da extração de gordura a partir de ossos e outros tecidos da carcaça de animais. Por apresentar alto valor biológico e nutricional das proteínas de origem animal, a farinha de carne é indispensável no preparo de rações. É recomendada para aves em no máximo 9%, para suínos em até 5%, para animais em crescimento, até 4% para animais em engorda e de 10 a 15% para animais em gestação e lactação.
– Farinha de Sangue – é constituída basicamente da cocção de desidratação do sangue, que consiste em colocar o alimento no forno, em aquecimento lento, para que fique com uma camada dourada e crocante. Recomenda-se para aves e suínos jovens de 1 a 2% da ração, para poedeira de 6 a 7% e para os suínos em crescimento, de 5 a 8%.
– Farinha de Peixe – é um produto seco e triturado, adquirido de peixes inteiros ou de pedaços. O teor de proteínas, metionina e triptofanos são significativos. Os índices de Vitamina B12 são apreciáveis. Recomendado para ruminantes, suínos e aves de 2 a 5% da ração.
– Farelo de Soja – é o subproduto obtido após a extração do óleo de soja, considerado melhor alimento proteico, energético e de palatabilidade. Indicado para animais monogástricos. Recomenda-se usar 20 a 30% da ração e para animais ruminantes o suficiente para atender as exigências nutricionais de proteínas.
– Farelo de Amendoim – contém elevado teor proteico, mas com níveis inferiores de aminoácidos, baixo teor de cálcio e ausência de carotenoides. Outra diversidade na alimentação animal, é a infestação pós colheita pelos fungos.
– Ureia – utilizada como a fonte proteica mais econômica para os ruminantes. Contudo, é necessário a adaptação gradativa de sua utilização para que não ocorra a intoxicação. Para suplemento múltiplo aos bovinos em pastagens, tem como principal finalidade, o suprimento de minerais e nitrogênio, a ureia e o sal podem ser utilizados cada um, até 30% do suplemento, complementando com concentrados energéticos e proteicos.
– Caroço de Algodão – representa a segunda fonte mais importante de proteína disponível para alimentação animal. Possui de 30 a 38% de PB (Proteína Bruta), e substitui totalmente o farelo de soja em dietas de vacas, apresenta moderado nível de proteína, alta gordura, fibra e energia.
– Farelo de Algodão – é o subproduto a partir da extração do óleo. O grão esmagado é denominado torta. Ela é moída e peletizada. O processo de peletização melhora sensivelmente a qualidade nutricional e microbiana do alimento, traduzido em melhor desempenho das aves, com menor desperdício.
Para alimentação animal, fonte de proteínas em rações, principalmente em dietas para ruminantes. O farelo de algodão é restrito na alimentação de suínos e aves devido a presença de gossipol. Limitada a utilização para alimentação de suínos e aves, o teor de fibra é superior ao farelo de soja.
– Farelo de Canola – com maior teor de matéria seca, aminoácidos sulfurados, EE (Extrato Etéreo), fibra bruta, cálcio, fósforo total e vitaminas do complexo B. Recomendado em até 10% para vacas e até 20% para corte.
– Crambe – é uma oleaginosa originária do Mediterrâneo, muito utilizado na alimentação de bovinos de corte em terminação, por apresentar excelentes qualidades nutricionais.
– Babaçu – é uma palmeira nativa e o seu subproduto apresenta excelente palatabilidade, 24% de proteína bruta de alto valor biológico. Os níveis de fibra são intermediários e quando usados para vacas de leite, aumentam o teor de gordura.
– Linhaça – Os grãos são ovoides, ricos em ácidos graxos e ômega 3 e 6. Os ruminantes respondem bem quando alimentados com esses suplementos proteicos, que são excelentes para animais de vendas e exposição, por tornarem a pelagem mais brilhante e luzidia. No entanto, não aconselhada para alimentação de suínos e aves.
Outros fatores que são considerados de suma importância:
– Distribuição de animais por área;
– Ventilação e temperatura ideal;
– Qualidade da água;
– Medicações, entre outros.
Este artigo teve como objetivo a contribuição sobre a importância na qualidade da alimentação, a eficiência alimentar e a melhor decisão dos criatórios e dos programas de melhoramento para otimizar o retorno financeiro.
Parágrafo Único:
Produção, aquisição e preparo para armazenagem do milho.
Por apresentar-se como uma cultura de fácil adaptação, e estar em ascensão e expansão no Brasil, e como já descrito aqui, em todo o mundo, atingiu hoje a produção mundial de 500 milhões de toneladas. Liderada pelos EUA e seguido pelo Brasil, essa cultura de múltiplos usos vem crescendo em todas as regiões produtoras do Planeta.
Antes de se pensar em suas diversas formas de utilização, salientamos a importância da qualidade da matéria prima e a sua preparação para armazenagem e utilização posterior.
Pesquisas indicam que o ponto de qualidade máxima do milho se dá no final do seu ciclo vegetativo, quando tudo está formado, e as folhas começam a amarelar. Nesse momento, a umidade do milho se encontra entre 30 a 40 % b.u. Impraticável para debulha, porém excelente momento para a colheita na forma de forrageira para silagem.
Pensando em colheita debulhada, secada e armazenada, recomenda-se em torno de 22 a 26% b.u., quando ainda o milho detém a maior parte de suas qualidades proteicas. A partir desse nível de umidade é possível baixar para 14% b.u. facilmente com secadores de alta performance, de forma rápida e assegurando ainda as suas propriedades nutricionais.
Secadores de Alta Performance são aqueles que reduzem de 8 a 10 pontos percentuais de umidade, exemplo de 14% b.u. para 15% b.u., em uma única passagem, preservando a integridade dos grãos, com baixo consumo energético e entregando um produto (milho) com cores vibrantes, e gradiente de umidade em torno de 0,5% b.u., sem odores e sem grãos quebrados.
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