
27 jan AGRICULTURA DE BAIXO CARBONO – DRYERATION
O Brasil é um país com clima tropical que permite até 3 safras por ano, a maior reserva de água doce do mundo, terra fértil e produtiva com uma reserva florestal que causa inveja no primeiro mundo.
Menos de 1/3 do território é ocupado por atividade agropecuária e um dos maiores produtores de alimentos do mundo. É apontado como um dos maiores emissores de gases de efeito estufa na atmosfera, pela atividade agropastoril. A Confederação da Agricultura assume o compromisso de incentivar as melhores práticas que conciliam a preservação do meio ambiente e garantir a renda ao agricultor e continuar a ter maior oferta de alimentos, para segurança alimentar no mundo. Atualmente o que se produz no Brasil pode se alimentar em torno de 1,5 bilhões de pessoas.
A meta voluntária do Brasil é diminuir os gases de efeito estufa em várias frentes, e a meta é recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas, áreas que serão reintegradas ao processo produtivo contribuindo para a preservação ambiental. Incentivar a prática do Plantio Direto, e o uso de produtos biológicos em detrimento dos fertilizantes e pesticidas químicos!
Segue abaixo alguns programas para contribuição para atingir a meta voluntária:
– Sistema de Plantio Direto na Palhada (SPDP), após a colheita os resíduos da cultura permanecem na superfície, acumula carbono e protege o solo do sol e da chuva o que evita a erosão, economia e sustentabilidade com o sequestro de carbono no solo.
– Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN)– O uso de produtos biológicos é crescente no Brasil que lidera essa prática a nível mundial. A principal técnica adotada é a de co-inoculação no sulco do plantio, com 14,2 milhões de hectares (safra 2021/2022) com essa prática que usa duas espécies de bactérias, Bradhyrizobium e Azospirilum que ficam nas raízes e colonizam a planta, produzindo nitrogênio e estimulando o sistema radicular permitindo maior resistência e mais produtividade, menos produtos químicos e adubos químicos, menos gases de efeito estufa.
– Integração Lavoura Pecuária Floresta (IPLF), o plantio de espécies florestais de rápido crescimento e alta capacidade de fixação de CO2 é incentivado pela agricultura de baixo carbono. As áreas em crescimento transferem gás carbônico em oxigênio na fotossíntese, além disso fixam CO2.
– Na mesma área em que a floresta é plantada é possível ter pastagens e lavouras, a integração favorece o controle de pragas e estocam carbono, mais renda ao homem do campo e adequação a legislação ambiental. As tecnologias e práticas da agricultura de baixo carbono permitem que o setor agropecuário aumente a produtividade preservando a vegetação nativa enquanto diminui a emissão de gases de efeito estufa.
– Tratamento de dejetos animais (Biogás)– Os dejetos animais acumulados, principalmente dos confinamentos e criatórios de suínos viram matéria prima para a produção de energia, o biodigestor decompõe os dejetos e produz biogás que serve para uso doméstico nos fogões, aquecedores ambientais, secador de grãos e ainda geradores de energia elétrica. Esse processo reduz a emissão de metano na atmosfera, um dos gases que provocam o efeito estufa! E o que sobra está decomposto e é aproveitado como adubo deixando o solo ainda mais férteis com mais compostos orgânicos.
Um dos maiores exportadores de alimentos do mundo tem agricultores mais conscientes e tecnologia para gerar e preservar riquezas. Que o Brasil se apresente como líder na produção de alimentos e preservação ambiental.
O triângulo IPLF, SPDP e FBN só é possível dos ambientes tropicais, que hoje a maior área disponível está no Brasil, seguindo da África e em menor área na Asia! Essa condição coloca o Brasil no compromisso de oferecer segurança alimentar para o mundo de forma sustentável!
Esta introdução é a motivação para o proposto projeto de mostrar a classe como é possível produzir energia de forma simples e segura a partir dos dejetos abundantes e contaminantes no campo.